O fim das baterias de Níquel-Cádmio em aplicações portáteis

A União Europeia está totalmente empenhada na sustentabilidade e na circularidade com nova legislação. Em julho, foi estabelecido nova legislação que impõe novas regras para as baterias. Segue-se um breve resumo desse regulamento. Uma das consequências é que as baterias de níquel-cádmio (NiCd) serão proibidas em aplicações portáteis a partir de agosto de 2025. O que é que isto significa para a iluminação de emergência? Continue a ler!

Sobre que regulamento estamos a falar?

O Regulamento 2023/1542 foi assinado em 12 de julho de 2023 pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho e foi publicado em 28 de julho de 2023 no "Diário Oficial". Este regulamento substitui a "Diretiva de baterias" 2006/66/CE. O novo regulamento entrará em vigor em 14 de fevereiro de 2024, mas há períodos de transição para muitas medidas.

Regulamento ou diretiva?

Este é um regulamento, que entra em vigor imediatamente, ao contrário de uma diretiva, que deve ser transposta para a legislação nacional dos Estados membros e, portanto, entrará em vigor mais tarde.

 

O que significa para as baterias NiCd?

As baterias portáteis não podem conter mais de 0,002% de cádmio.

• Isso já era assim no passado, mas equipamentos médicos, ferramentas elétricas portáteis e iluminação de emergência tinham uma exceção sob a "Diretiva de baterias" (2006/66/CE) que permitia o uso de baterias NiCd.
• O novo regulamento revoga a mencionada diretiva de baterias, com um período de transição de dois anos. A partir de 18 de agosto de 2025, portanto, não será mais permitido o uso de baterias NiCd em aplicações portáteis.

 

O que significa para a iluminação de emergência?

Isto significa o fim das baterias NiCd na iluminação de emergência? Isso está relacionado com a pergunta: "A iluminação de emergência é uma aplicação portátil?"

• Se olharmos o texto da antiga diretiva de baterias 2006/66/CE, a exceção para a iluminação de emergência está na categoria de "baterias portáteis". O legislador presumiu que pelo menos parte das baterias para iluminação de emergência era portátil.
• Mas nos exemplos do novo regulamento, a iluminação de emergência parece estar mais relacionada com aplicações industriais (como armazenamento de energia, tecnologia de comunicação, geração e distribuição de energia) do que com aplicações portáteis (como smartphones, tablets, aparafusadoras sem fio, ferramentas de jardim, brinquedos, etc.).

A ETAP adota uma abordagem proativa

• A posição da ETAP é que as baterias de níquel-cádmio para iluminação de emergência são uma tecnologia do passado. O cádmio é uma das 10 substâncias químicas restritas pela Diretiva RoHS (Restrição de Substâncias Perigosas) devido ao seu potencial cancerígeno. Existem alternativas melhores às baterias de cádmio, como as de hidreto metálico de níquel (NiMH).
• Desde 2011, a ETAP não fabrica mais dispositivos de iluminação de emergência com baterias NiCd. Para os dispositivos antigos equipados com essas baterias, são fornecidos kits de atualização para mudar de forma rápida e eficiente para as baterias NiMH, que são mais leves e consomem menos energia. As baterias NiMH de "longa duração" têm uma vida útil que facilmente supera o dobro das baterias NiCd.

 

O que mais diz o novo regulamento?

Categorias

São definidas diferentes categorias de baterias:

• Baterias portáteis;
• Baterias de arranque para motores a combustão;
• Baterias para bicicletas, trotinetes elétricas, etc.;
• Baterias industriais;
• E baterias para veículos elétricos.

Todas as baterias que chegam ao mercado europeu devem ser enquadradas numa das categorias acima mencionadas. Se houver dúvidas sobre qual a categoria a que uma bateria pertence, deve-se escolher a categoria com os requisitos mais rigorosos.

Restrições de materiais

São impostos requisitos rigorosos para materiais:

• Mercúrio: As baterias não podem conter mais de 0,0005% de mercúrio;
• Cádmio: As baterias portáteis não podem conter mais de 0,002% de cádmio;
• Chumbo: As baterias portáteis não podem conter mais de 0,01% de chumbo (as baterias de botão têm uma extensão de cinco anos).

Rótulos e documentação

Dependendo da categoria e do tamanho, as baterias devem conter rótulos com diversas informações, como o tipo de bateria, o fabricante, o local e a data de fabrico, o peso, a capacidade, a composição química e possíveis substâncias perigosas, agentes extintores recomendados, a percentagem de possíveis "matérias-primas críticas", como cobalto, lítio e grafite, etc.

Também o conhecido símbolo da "reciclagem" deve estar impresso, e deve haver um código QR vinculado à documentação de suporte da bateria. Algumas baterias (de maiores dimensões) devem também exibir uma pegada de carbono, tanto da produção das baterias quanto das fases de uso e reciclagem.

 

 

Mais material reciclado em baterias

A Europa deseja aumentar a proporção de material reciclado em novas baterias. Portanto, algumas (grandes) baterias deverão indicar a percentagem em peso de cobalto, chumbo, lítio ou níquel, e será exigida uma percentagem mínima de material reciclado. Essas percentagens aumentam gradualmente.

 ® Por exemplo, a partir de 2031, será exigido que pelo menos 6% do lítio em baterias de lítio (grandes) seja material reciclado, e a partir de 2036, pelo menos 12%.

Mais reciclagem de baterias

Também são estabelecidos objetivos mínimos para a recolha e reciclagem de baterias. Por exemplo, até dezembro de 2023, 45% das baterias portáteis vendidas deverão ser recicláveis. Até 2030, essa percentagem deverá ser de 73%.

Requisitos de desempenho

Serão impostos requisitos de desempenho para os diferentes tipos de baterias, com valores mínimos de capacidade, durabilidade, eficiência, etc. Os valores exatos serão estabelecidos em 2026. Para as baterias grandes, os fabricantes deverão documentar os critérios de desempenho atuais nas próprias baterias.

Permutabilidade das baterias

As baterias portáteis deverão ser facilmente substituíveis pelo usuário final. As baterias para bicicletas elétricas e trotinetes elétricas (baterias LMT) deverão ser substituíveis por um profissional independente.

O que significa para a ETAP?

A sustentabilidade está no DNA da ETAP. A empresa expressa isso com três conceitos que também enfatizam o foco na circularidade: sem fim, sem esforço e sem desperdício.

• Sem fim: O mais circular que se pode fazer é garantir que seus produtos durem para sempre. Ao selecionar baterias para utilização nas luminárias ETAP, procuram-se sempre soluções com uma longa duração. Por exemplo, as baterias NiMH costumam ter uma vida útil de 8 a 10 anos, e às vezes muito mais, como ilustra a história de uma bateria que não necessitou de substituição durante 16 anos: uma bateria que só precisou ser substituída após 16 anos.
• Sem esforço: No design da iluminação de emergência, a ETAP esforça-se por facilitar ao máximo a substituição da bateria pelos utilizadores e dar uma nova vida às luminárias. Você sabia que é possível substituir a bateria na série K9 sem usar uma única ferramenta?
• Sem desperdício: A ETAP procura soluções recicláveis. As baterias NiMH devem ser entregues à Bebat (na Bélgica) quando atingirem o fim da sua vida útil. As empresas de reciclagem que colaboram com a Bebat atingem taxas de eficiência de reciclagem entre 75 a 85% para as baterias NiMH.

 

 

O que o futuro nos reserva?

A ETAP continuará a acompanhar de perto a legislação sobre baterias. Inscreva-se no boletim informativo da ETAP para se manter atualizado sobre as últimas novidades!

O fim do cádmio em baterias ainda não aqui é uma realidade, mas está próximo

No futuro, a identificação, a rastreabilidade e a permutabilidade dos componentes tornar-se-ão ainda mais importantes. Isto alinha-se perfeitamente com a missão da empresa de criar produtos de iluminação inovadores, inteligentes e sustentáveis.

A luz do amanhã é sem fim, sem esforço e sem desperdício.