O poder da quinadora de painéis
Dirk Duis, Gerente de Operações na ETAP, explica nesta entrevista, como a implementação de quinagem de painéis levou a uma melhoria na eficiência de produção, a menores custos de mão-de-obra e a novas oportunidades de mercado. Ele também aborda os desafios que foram superados e como a produtividade foi otimizada.

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Como é que a introdução da quinagem de painéis melhorou a nossa eficiência na produção?
Embarcamos na otimização da produção para todos os componentes que requerem quinagem de painéis com grande entusiasmo. Embora ainda seja cedo para quantificar com precisão a melhoria na eficiência, já se torna evidente que a máquina oferece resultados impecavelmente precisos, elevando em alta os nossos padrões internos de qualidade.
Existem produtos ou designs específicos onde a quinagem de painéis seja notavelmente mais vantajosa do que o processo de produção manual?
A quinadora de painéis destaca-se ao lidar com componentes que possuem uma superfície de base substancial e padrões de dobra intrincados. Isso torna os componentes U3 e U7 atrativos para a dobra, dada a sua grande área de superfície alcançada através de 4 a 6 dobras. Peças de luminárias mais estreitas, como iluminação linear E2, E5, E6, E7 e luminárias R8, requerem até 10 operações de dobra. Essas são difíceis de produzir manualmente, tornando-as adequadas para a quinadora de painéis. No design de nossas novas luminárias embutidas U2, as novas regras de elaboração foram consideradas já durante o processo de design.

A quinadora de painéis resultou em termos de custos com mão-de-obra e desperdício de material?
Embora não haja uma economia direta de material com a quinadora de painéis, podemos capitalizar períodos curtos, durante os quais ela pode operar de forma autónoma. Isto permite que os nossos colaboradores possam gerir, em simultâneo outras máquinas, melhorando a sua eficiência. Os aspectos benéficos deste procedimento ficarão ainda mais visíveis, à medida que nos formos familiarizando com a quinadora de painéis.
Surgirão novas oportunidades para expandir a nossa capacidade de produção e de lidar com quantidades maiores de pedidos, graças à quinadora de painéis?
Embora a criação de um programa de dobra exija um pouco mais de tempo do que o processo de dobra manual, é um esforço único por produto. Assim, o tempo de configuração por uma pilha de produtos permanece constante. Isto aumenta significativamente a nossa capacidade de produção, especialmente quando podemos fabricar grandes quantidades do mesmo produto.

Será necessária formação específica para operar a quinadora de painéis de forma eficaz?
Os colaboradores da área da produção que ainda não estão totalmente familiarizados com a máquina, podem ajudar a carregar e retirar as peças dobradas. Além disso, é necessário desenvolver e treinar dois novos perfis de competência:
- Criação de programas de dobra: esses programas podem ser criados separadamente e com antecedência em qualquer secção de trabalho. Basta ser feito uma vez para cada componente.
- Operação da máquina, incluindo o carregamento de peças planas e instruções para a máquina sobre as posições e métodos corretos de recolha. Depois de produzir a peça inicial, de acordo com o programa de dobra e verificar as medidas, todos os ajustes necessários ao programa de dobra, devem ser executados e salvos. Posteriormente, um novo lote de produção pode ser iniciado, com outro colega, retirando as peças acabadas.
Quais os desafios ou dificuldades existem com a implementação da quinadora de painéis no processo de produção?
O desafio mais significativo é a curva de aprendizagem associada à aquisição de experiência com a máquina. Além disso, é necessário muito tempo e pesquisa para determinar quais as peças adequadas ou não, para a produção com a máquina. Quando uma peça menor não puder ser produzida pela quinadora de painéis, ainda podemos usar uma 'Peça Múltipla' (PM). Isto envolve a montagem de uma peça maior a partir de muitas peças menores. As peças estão conectadas por 'microconexões' que podem ser abertas posteriormente.
Até que ponto a planificação existente poderá ser implementada diretamente na nova máquina?
As regras de desenho 3D modificadas (SolidWorks) apresentam algumas diferenças em comparação com o sistema anterior. Isto requer formação adicional para os nossos designers e operadores. Para produzir várias peças, desenvolvemos um documento de instruções abrangente, que engloba todas as informações do designer e operador. Ou seja, criamos um manual de instruções, em constante evolução, à medida que adquirimos novos conhecimentos, dia após dia.
Além disso, os nossos designers e operadores necessitam de estar familiarizados com o Streambend, um pacote de software para usar com nossa quinadora de painéis. Com a ajuda desse programa, eles podem verificar rapidamente durante o processo de design se este pode ser produzido automaticamente na quinadora de painéis.
Conseguiremos aproveitar estes desenvolvimentos para novas oportunidades de mercado?
Ao desenvolver, designs de produtos adequados que podem ser produzidos em grandes quantidades e de forma automática, permite-nos reduções significativas de preços, tornando possível, manter a nossa posição competitiva em relação a outros players do mercado.

Dirk Duis, o nosso Diretor de Operações, está constantemente a procurar tornar a nossa produção e logística ainda mais eficientes e eficazes. Isto, mantendo a qualidade e a flexibilidade em que a ETAP é forte. Nos próximos anos, a tónica será colocada na automatização e digitalização dos processos no chão de fábrica, com o objetivo de manter a ETAP competitiva no futuro.
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